quinta-feira, 30 de março de 2017

História da Cidade Andante de Aberilio



Caminhando por todo o continente da Costa da Espada, está Aberilio, o milenar dinossauro abandonado no continente após um naufrágio de um navio pirata. Ainda filhote, Aberilio teve sua manada assassinada por caçadores em Chult e foi capturado junto com outros filhotes para ser vendido no continente. Entregados nas mãos de piratas comerciantes, o destino destes seres era a cidade de Calimport, para lá, serem vendidos e contrabandeados.
                Porem, a viagem teve problemas, os mares de shinning seas são perigosos e traiçoeiros, gigantescas centopeias oceânicas atacaram o navio destruindo e matando quase todos os que estavam no navio, o pequeno filhote de quase 10 metros acordou em uma praia com ninguém vivo em sua volta, destroços e seres mortos estavam ao seu redor, se rastejou até uma pequena floresta costeira que tinha próxima a praia e lá tentou retomar o folego e descansar um pouco... cansado... adormeceu...
                Acordou com um cheiro doce em suas narinas, algo lhe chamava a atenção mais a frente, foi com toda a furtividade que uma criatura de 10 metros tem em meio a galhos secos e folhas no chão, até encontrar uma fogueira com alguns legumes postos e ninguém por perto. Aproximou seu grande pescoço vagarosamente e abocanhou os 4 espetinhos deliciosos mastigando com voracidade.
- Ora, ora, ora, vejo que alguém está apreciando o meu almoço.. então, como está minha humilde comida? – Em meio à floresta sai um senhor com visíveis traços élficos trajando um pano sujo de musgo, cabelo engranhado e nas mãos sujas de terra, raízes que aparentemente acabara de colher. – Vamos, coma estas também, visivelmente seu dia foi bem pior que o meu, aproveite e sente-se aqui comigo perto do fogo, se aqueça um pouco e desfrute da minha hospitalidade e presença. Vamos conversar melhor sobre nossas vidas e aventuras, desculpe-me não me apresentar, sou Viruz, o druida destas terras, e você meu amiguinho, nunca vi algo parecido com você, daonde veio?? – disse o druida olhando para as gigantescas patas de Aberilio.
Aberilio estranhamente compreendia o que o druida falava, parece que ele conseguia agora se comunicar com estes “seres pequenos”, e vagarosamente ele começou a balbuciar algumas palavras em sua mente repassando elas para o druida que prontamente ouviu e respondeu, assim, os dois tiveram uma longa conversa que durou vários dias. Aparentemente aquele senhor não tinha muito o que fazer e ficou ali para ouvir toda a historia do pequeno dinossauro maior que uma carruagem, em contrapartida ele ensinou muito sobre o novo mundo para o gigante filhote.

                No fim o druida terminou sua conversa com...  – Pois bem amigo, vou te chamar do nome do meu ultimo grilo porque você não vai crescer muito mesmo, Aberilio, esse vai ser seu nome. Que tau nos tornamos companheiros de viagem Aberilio? Podemos conhecer muito sobre o mundo, podemos desenvolver nossas habilidades juntos, podemos embarcar em aventuras e defender criaturas que como você, perderam tudo, o que acha?? – Aberilio roçou sua cabeça já grande no dorso do druida como se aceitasse tudo que ele disse.
                E isso já faz 728 anos, o destino de Viruz e Aberiio foram separados por forças maiores, Aberilio ficou perdido no continente, tentou por várias vezes peregrinar e voltar para sua terra natal, porem os reinos não deixavam que ele transitasse livremente e era sempre agredido por humanoides que habitavam ali. Em uma dessas caminhadas ele foi mortalmente ferido por bárbaros que queriam sua carne. Cheio de medo e sangrando, ele caiu em uma colina esperando apenas a morte... Em meio a piscadas espassadas e respirações ofegantes, ele avistou silhuetas de humanoides vindo em sua direção, ali ele pensou que os bárbaros encontraram-no, chegou seu fim, estava em seu limite, queria apenas poder ver mais uma vez seu amigo druida, mas enfim o descanso chegou para seu corpo, e cada vez que ia se aproximando ele via reluzindo pedaços de metal, as vistas embaçadas dele enxergou apenas a silhueta de uma senhora élfica, linda, dourada, que se aproximou andando calmamente de seu corpo caído.
                - Pobre criatura, o que aqueles selvagens fizeram com você? Deixe-me cuidar de suas mazelas você parece que se entregou a muito tempo para Kalemvor, porque toda essa desvontade de viver? Venha, deixe-me lhe mostrar um sentido para sua grandiosa vida minha criatura magnifica.
                Assim, Aberilio achou uma nova aliada, Nersnima a Rainha dourada, que por alguns anos foi se assentando no dorso do grande companheiro, construiu ali com o consentimento da besta seu palácio e em  entorno do seu palácio foi crescendo, crescendo... e agora se tornou uma cidade sem reino e ao mesmo tempo de todos, sem bandeira e ao mesmo tempo de todas, uma cidade incrivelmente forte, com armada de planadores e exércitos alados. Logo que começou a caminhar pela Costa da Espada, A cidade de Aberilio começou a se tornar ponto chave para negociações e potencializações de comercio. Ela era um porto seguro para todos que estavam em busca de refugio e um lugar para vender seus pertences distintos.
                Aberilio estava agora protegido e tranquilo andando pelo mundo, comida sempre tinha para ele, continuava vendo novas coisas e aprendendo muito, ele ainda não desistiu de procurar por seu grande amigo Viruz o qual lhe salvou da morte certa, ouviu historias que ele anda pelo norte ajudando na campanha contra os Devils e ele está devagar caminhando para lá.
                 Existem boatos que a cidade caminha para onde Aberilio quer caminhar, mas ela sempre esta presente onde a rainha dourada precisa estar, e sempre fica a duvida, quem controla o caminho da cidade?? A criatura colossal ou a Rainha Maravilhosa?
                Sabe-se agora que os exércitos de Aberilio destruiu um exercito inteiro de demônios que tentaram invadir Thar, e caminham sobre os corpos com imponência recolhendo todos os espólios da guerra.

quarta-feira, 22 de março de 2017

História Draenor, Mago da Torre


Séculos atrás nas longínquas terras do norte da Costa da Espada, Draenor se mostrou um grande interessado nos poderes ocultos do arcanismo quando, ainda pequeno, viu seus dois irmãos mais novos serem salvos de um rio de degelo por um mago viajante. O mago parecia flutuar no ar quando pegou seus dois irmãos mais novos no rio gelado logo após aquele galho quebrar. Dali em diante ele ficou maravilhado com este mundo, e quando teve a idade (2 anos depois), saiu de casa e começou sua peregrinação em busca de aprendizado.
Vagou descendo o continente, buscando quem pudesse lhe ensinar qualquer coisa sobre o arcanismo e os modelos de conjuração.  Quando, em sua caminhada, encontrou uma velha academia de estudiosos, abandonada, desgastada com o tempo e aparentemente esquecida. Curioso entrou, lá dentro ele encontrou várias cadeiras vazias e apenas um senhor velho sentado no que parecia ser a mesa do professor. Se aproximou e sentou em uma das cadeiras antigas e com musgo que seria dos alunos. O senhor levantou a cabeça forçosamente olhando para Draenor.
- Garoto, o que busca aqui em uma escola abandonada pelo tempo e perdida em meio ao frio?
- Procuro conhecimento mestre, procuro alguém que possa me ensinar os conceitos e me iniciar nos poderes ocultos do arcanismo.
Draaenor percebeu um pequeno sorriso vindo de dentro daquele senhor que se levantou com muita dificuldade e veio caminhando em direção a ele. Luzes começaram a se ascender por onde ele passava, ventos saiam deste senhor e afastavam a neve que acumulava por anos ali. Porem, Draenor percebeu também que isso cansou o velho senhor, ele se apoiou ainda mais na bengala de carvalho que carregava consigo e colocou a mão na altura do coração.
- Estou velho demais para colocar essa academia de volta nos trilhos garoto, acho que não posso lhe ensinar o que sei, não tenho toda essa força e material suficiente.
- Serei os seus braços, cabelos brancos, me diga o que carregar e limpar, serei suas pernas, me diga onde me mover e o que fazer, mas só te peço uma coisa em troca, que me ensine tudo o que sabe deste vasto mundo que me rodeia.
O senhor ajeita sua postura, ouvem-se claramente juntas estalando. – Perfeito então meu aprendiz???....

                - Draenor meu mentor, Draenor Santilonus.
- Pois bem meu aprendiz Draenor, sou seu mentor Varivis Maltoquarto, irei lhe ensinar o que eu sei já que é o único aprendiz que tenho atualmente. Venha, vamos começar do começo, irei lhe ensinar um pouco de historia e geografia e lhe contarei o que aconteceu com minha academia.
Os dois começaram a caminhar para fora do salão principal com o senhor falando algumas coisas em um tom calmo, entregou uma vassoura na mão de Draenor que prontamente começou a  usa-la...

                Meses se passaram com Draenor aprendendo tudo sobre o mundo e ao mesmo tempo concertando telhado, reparando o piso, ajeitando as portas, trazendo mantimentos de uma vila próxima. Quando que um dia, enquanto ia para a pequena vila comprar mantimentos, viu 3 crianças sendo perseguidas por um enorme touro raivoso, Draenor usando alguns gravetos e ensinamentos que recebeu, fez com que o touro perseguisse aqueles gravetos agora animados em formato humano, livrando as 3 crianças de uma possível morte ou acidente seríssimo. Foi então que ele percebeu que fez praticamente o que aquele mago viajante fez para seus irmãos, ele foi a salvação deles, foi o guia da vida daquelas crianças. Ele leva as crianças até a casa delas, 2 delas ficam maravilhadas com o que o homem fez e pedem ao pai que as deixem ir estudar na Academia do Salvador, o pai feliz em saber que os filhos encontraram um caminho, diz que sim.
E assim, a Academia do Salvador foi crescendo em numero de aprendizes, novos professores de várias áreas apareceram, a escola tomou forma e chegou o tempo de Draenor partir para buscar novos ensinamentos. Agradeceu por tudo que o velho Varivis lhe ensinou e seguiu seu caminho em direção ao Sul, encontrou vários reinos, vários povos, aprendeu muito sobre politica, religião, sociedade até que caiu em seus ouvidos uma escola diferente, uma escola que usava a natureza como base de suas magias. Decidiu então, ir em busca de uma cidade perdida que todos diziam existir, uma fonte interminável de poder e conhecimento sobre como utilizar as magias arcanos em prol do ambiente que nos rodeia.
Uma viagem interminável pelo Shining Sea, até que chegou a Chult, o continente selvagem, e em suas buscas encontrou Mezro, uma cidade gigantesca perdida em meio ao mar verde de florestas. Ali ele firmou sua vida, entrou já velho para escola de magia de Mezro, aprendeu novas formas de usar magia e cresceu no circulo de magos da cidade. Draenor é aplicado, esforçado, corajoso,  e isso dava oportunidades únicas de testar magias com formulas alquímicas, ele adorava misturas em suas magias componentes de Chult e ver no que isso daria, descobriu assim, várias formulas e meios novos de como estimular a trama de Mystra.
Ascendeu na cadeia de magos, chegou a lhe ser oferecido uma cadeira no Conselhos dos magos de Mezro que aceitou de bom grado, com ele foi junto seu grande amigo Deraknaran, O inconsequente, ele tinha a mesma coragem que Draenor mas não era tão aplicado assim, se esforçava para não se esforçar, preferia ludibriar o entorno ao invés de lutar por algo. Assim, os dois alcançaram o maior patamar de magos de Mezro, e lá de cima, perceberam que não era aquilo que queriam. Draenor foi o primeiro a se desligar, ele estava cansado de tanta politicagem, tanta manipulação de informações, tanta desinformação por parte dos conselheiros dos governantes. Ele saiu de Mezro e foi se reclusar em uma pequena vila com ajudantes bem longe de Mezro mas ainda em Chult. Lá ele usou todas as riquezas que acumulou durante séculos para fornecer uma vida boa para todos os servos que decidiram ir com ele. Seu comercio em Mezro ainda existia e ele ia até lá por um portal permanente que ele mesmo criou.
Mas algo estranho aconteceu na vida dele, ele percebeu problemas com a trama de Mystra, percebeu que tudo havia mudado e de um dia para o outro ele perdeu o contato com a magia arcana que Mystra lhe cedera por todos aqueles séculos de vida e aprendizado. Aquilo abateu a mente do senhor da torre e deixou Draenor com os pensamentos confusos, estranhos, desconexos. Ele, perdido, buscou refugio na magia da natureza, começou a desenvolver uma parte mais druídica de ensinamento, desenvolveu a conversar com as criaturas do ambiente e refez seu portal para Mezro agora destroçada pela catástrofe. Um outro problema veio a sua porta, Marticus, um antigo amigo de Draenor em Mezro estava com sua filha pedindo refugio, descobriu que ela era um Elimo e uma centelha de Grumbar mora dentro dela, ela precisa ser protegida de pessoas más. Draenor prontamente ajudou o amigo, trabalhou por anos em busca de um plano seguro para esconder Carthea, porem algo de ruim aconteceu, ele abriu um portal para um lugar horrível em Underdark e não conseguiu mais fecha-lo, a unica saída foi por uma armadilha impenetrável no portal em sua torre e se teleportar até o outro lado fechando de lá.
Ele tentou, mas lá não conseguiu o que buscava, foi atacado, forçado a se entregar para um grupo de criaturas poderosas que dominavam aquele lado do portal, fingiu estar sendo levado para o líder desse grupo e lá conheceu Nogmorg chefe do forte, um ser incrível, o conhecimento dele nas artes tribais de impulsionar sua força, seu vigor, seu poder físico, era descomunal, único jeito que ele encontrou para vencer Nogmorg foi trancafia-lo em uma cúpula de energia usando toda sua força para conter o ódio de Nogmorg, conseguiu novamente fingir estar forte o suficiente para derrotar qualquer um que o opusesse colocando todos aos seus pés como subordinados. Assinou um contrato com Calzir o Comandante do forte que se ele conseguisse o que queria ali, ele deixaria o forte no controle de Calzir, mas para isso, ele precisava novamente dos elementais de seu cajado usados para derrotar Nogmorg, e do Elimo que estava preso no castelo de Sucloth.
Ali, ele começou a planejar sua reencaminhada, mandou grupos para procurarem os elementais e depois disso iria enviar outros grupos para captura-los novamente para o cetro. Mas pela sorte dele, apareceu um trio de aventureiros que já conheciam um pouco da sua historia, Nicol, Dastan e Darius resolveram ajudar Draenor e refazer o poder de seu cajado em troca de uma saída de UNderdark...
Agora ele pode finalmente ajudar Marticus com Carthea, agora ele poder ir em busca de seu amigo, pode voltar para Mezro que esta renovada... Agora, que a magia arcana esta novamente entrando nos trilhos, ele pode seguir sua vida novamente........ ou não....